3º DIA 23 AGO – “NAVEGANDO NO JETBOAT" ”

DIÁRIO DE VIAGEM

            Hoje amanheceu ainda chovendo e ainda muito nublado, com pouquíssima visibilidade... lá se foi nosso voo panorâmico até o Mt. McKinley, ou Denali na língua dos nativos Denana, que significa “O grande”. Porém, a boa notícia é que haveria o passeio de jetboat e então atrasamos a nossa saída para Fairbanks para pegar o passeio das 12:00 h.

            Para saber disso tudo demos uma pequena caminhada e nos informamos na recepção do hotel.

           Antes porém, fomos ao restaurante do hotel tomar o café da manhã. Faço questão de relatar aqui porque como sempre, nos EUA, eles fazem uma grande confusão com o tal do breakfast... ora está incluído na diária, ora não está; não é uma refeição barata, o do nosso hotel era o mesmo preço do jantar do dia anterior; não tem pão de sal, no de hoje só tinha pães doces; como sempre tinha uma pilha de ovos com bacon...; além disso tinha chop suey, pode? Tudo acabava com aquele chafé maldito!!!

            O passeio “Mahay’s Jetboat Adventure” tem duas horas de navegação pelos rios Susitna, Talkeetna e Chulitna. Devido às chuvas o nível do rio estava bem alto, com correnteza mais veloz. A água do rio é densa e escura por ser água de degelo. A ideia era que se visse alguma coisa de vida selvagem, mas só avistamos “bald eagles”- as águias carecas que abundam por aqui. Mas fomos ouvindo alguma coisa sobre a história e a cultura locais.

            No inverno as águas dos rios e lagos congelam e os rios passam a ser usados como mais uma via de transporte para trenós, snowmobiles etc... Nas margens do rio, no meio do nada, é possível ver casas – são de um programa de assentamento do governo no qual as pessoas interessadas ganhavam lotes de terra e após 5 anos morando lá e pagando os impostos passavam a ser proprietários das terras. Essas casas não tem luz elétrica, nem água encanada e não há estrada até elas. Usam energia solar, e acessam as casas pelo rio ou de quadriciclos.

            No meio do passeio paramos em um pequeno píer na margem e fizemos uma pequena caminhada até uma área onde havia um refúgio dos caçadores de pele que existiam na localidade. Ali havia uma cabana, um local de armazenamento de provisões bem alto, e em uma cabana havia vários tipos de peles para ilustrar – raposa, marta, arminho, castor etc... Havia também uma cabana mais primitiva dos nativos onde eles se abrigavam, uma armadilha para castores e um buraco no chão que era onde eles guardavam comida em uma profundidade mais fria. Também tinha um estrado onde eles colocavam os salmões pescados e faziam uma cortina de fumaça para espantar mosquitos, tendo nascido daí o processo de defumação.

            Os salmões vem do mar e sobem o rio Susitna para desovar nos pequenos braços do rio. Há 5 espécies de salmão na região.

            Após esse passeio de barco pegamos a estrada rumo a Fairbanks. São cerca de 400 km até lá. A estrada é de pista simples porém muito bem cuidada, nenhum buraco, há um trecho em obras ao lado do Denali Park, e toda cercada de árvores coníferas. Na margem esquerda da estrada se vê ao longe a cadeia montanhosa do Alasca na qual está o McKinley, com 20.000 pés de altura. Contudo, ainda há muitas nuvens e não se consegue ver bem os picos. O visual por aqui é muito bonito - floresta densa de pinheiros com rios e lagos. Passamos na margem do Denali Park, aonde viremos na volta.

               Chegamos a Fairbanks as 20:00 h, nos hospedamos no Pine Waterfront Lodge e fomos logo jantar, pois estava tarde e amanhã cedo tem mais...